No século 17, as estruturas de poder típicas da relação de soberania - baseadas no monopólio da força e da violência - cederam espaço para novas formas de dominação, que se infiltraram profunda e sutilmente na vida das pessoas e se estenderam até a atualidade. Em lugar do direito inalienável do soberano de fazer morrer ou deixar viver, entra em cena a capacidade de administrar a vida de maneira a torná-la boa e útil ao longo do tempo.
Os mecanismos dessa moderna forma de autoridade - que Michel Foucault chama de “biopolítica”, “poder sobre a vida” ou “governo dos vivos” - são descritos neste livro. Parte de uma dissertação de mestrado apresentada em 2017 na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), ele mostra como a biopolítica altera não só as relações de dominação, mas também os modos de resistência - fundamentados agora na própria vida, e não mais no discurso do direito - e as formas de saber, que, ao individualizar os sujeitos, dão origem ao que se chamará “ciências do homem”.
Ao expor as ideias de um dos grandes pensadores do século 20 sobre um aspecto pouco percebido da política contemporânea, este livro constitui uma valiosa contribuição para a compreensão e para o “diagnóstico radical” - como pretende Foucault - da sociedade ocidental.
Michel Foucault e a soberania, de Jonathas Ramos de Castro, 184 páginas
Medidas: 15,5 x 23 centímetros
Número de páginas: 184
Peso: 274 gramas
ISBN: 978-65-997207-4-1
Primeira edição: novembro de 2025
Tiragem: 300 exemplares
Projeto gráfico, capa e diagramação: Leonor Teshima Shiroma
Preço: R$ 60,00
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