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Originários do tupi antigo, os sufixos guera e eté – preservados no português em palavras como “anhanguera” e “jaguaretê” – desvelam fascinantes perspectivas antropológicas. Eles fazem lembrar, por exemplo, que o passado de um indivíduo continua presente, conformando em parte a sua existência (sentido que se infere de guera), e que a ética se relaciona com a busca pelo máximo que uma pessoa pode ser (sentido implícito em eté). Na poesia e na música brasileira, o coração adquire, em vários momentos, o mesmo significado de qalb (“coração”, em árabe), que literalmente é “girador”, “o que dá voltas”, sugerindo – entre outras possibilidades – a volubilidade e a inconstância típicas do núcleo mais profundo do ser humano. Um recurso linguístico inexistente na gramática portuguesa, mas ainda assim evidente na língua falada – a voz média –, aponta para o fato inexorável de que nem sempre temos domínio sobre nossas próprias ações.
Essas são algumas das instigantes reflexões publicadas neste Pequeno dicionário filosófico e sociológico de expressões brasileiras. Com 118 verbetes e 348 páginas, ele é resultado de mais de quatro décadas de pesquisas de Jean Lauand sobre a linguagem. A obra – com que Lauand dá continuidade ao seu Pequeno dicionário de expressões brasileiras, também publicado por esta editora – constitui uma rica e fecunda exploração da sabedoria e dos grandes insights existenciais contidos nos ditos, frases e provérbios populares.

Pequeno dicionário filosófico e sociológico de expressões brasileiras, 348 p.

R$ 60,00Preço
  • Número de páginas: 348

    Medidas: 14 x 21 centímetros

    Peso: 410 gramas

    ISBN: 978-65-997207-2-7

    Primeira edição: setembro de 2023

    Tiragem: 300 exemplares

    Projeto gráfico, capa e diagramação: Leonor Teshima Shiroma

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